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22/09/2016
Por Vicente Rezende, Sócio da FX*
Sendo um dos setores mais dinâmicos e importantes da
economia brasileira, é inexorável a capacidade do comércio e do varejo de se
reinventar. Mesmo em um momento de fragilidade no poder de compra dos
consumidores, há uma busca por criar ou renovar modelos já presentes,
acompanhando o ritmo de crescimento, de modo a atrair novos interessados.
Para ter uma ideia da importância do comércio e do varejo no
País, o IBGE divulgou recentemente a sua Pesquisa Anual do Comércio. O
levantamento mostrou como o setor avançou nos últimos anos. Em 2014, o comércio
brasileiro movimentou R$ 3 trilhões, o que representa mais de 50% de tudo o que
gira na economia brasileira. O dado relevante mostra a participação do varejo.
Em 2007, a parcela varejista dentro do comércio era de 39,8%. Em 2014, esse
percentual passou para 43,4%. O aumento foi significativo.
Como o varejo e seus players podem interpretar esse
crescimento e como trabalhar melhor para entender esses novos consumidores?
Esse foi um dos muitos questionamentos levantados em um evento recente com
protagonistas do ecossistema varejista no País. O Latam Retail Show, realizado
no final do mês de agosto em São Paulo, propôs dissecar esse novo momento do
varejo no País, seja ele eletrônico ou tradicional.
Assim como o número de consumidores aumentou, houve também
um significativo avanço tecnológico. Uma palavra passou a caracterizar o
comportamento desse público: mobile. E como consequência, as estratégias dos
varejistas passaram a ser definidas a partir desse dispositivo móvel. A
conclusão, portanto, é que não há mais distinção entre o online e o offline. O
consumidor é um só, e ele já é omnichannel.
O desafio agora é como entender o comportamento desse novo
consumidor e se aproximar dele? Muito tem sido apresentado sobre o mobile como
elo da experiência do usuário com o varejo, no que diz respeito a atendimento
personalizado, experiências sensoriais e comodidade. A Loja do Futuro, apresentada
no Latam Retail Show, nos deu uma leve amostra do que está por vir. A chamada
Experiência 5.0 é olhar para o futuro do varejo.
Porém, não podemos nos esquecer do momento atual. O
consumidor exige ser entendido e não perde tempo. Hoje, ferramentas de
analytics ajudam o varejista a entender os momentos do consumidor dentro e no
entorno de sua loja, e assim como essas informações são base para as decisões
no varejo eletrônico, o mercado off-line também percebeu que o uso dessas
informações é fundamental para seu negócio.
E nesse momento de crise, quando muito se fala sobre como
aumentar a taxa de conversão e diminuir os custos operacionais, o uso de
métricas no varejo tradicional se torna essencial. Contagem de visitantes, taxa
de atratividade, fluxo de vitrines, tempo de visitação, tempo de permanência e
frequência com que o cliente volta a loja e, principalmente, taxa de conversão.
Não é precisa olhar para o futuro para saber essas informações. Elas já estão
no presente.
Com dados qualificados é possível direcionar melhor as ações
de marketing. Em momentos de desaceleração da economia e, consequentemente, da
intenção de compra do consumidor, otimizar a gestão se torna mais do que
necessário. O varejista precisa conhecer o consumidor do presente antes de
olhar para o futuro.
*A FX fornece informações para que varejistas tenham dados
reais sobre o tráfego de consumidores, conversão, lealdade nos seus
estabelecimentos. Utilizando um dispositivo de multisensores instalado no
ambiente de vendas, a FX é capaz de medir a quantidade de pessoas que circulam
pelas entradas e corredores de qualquer ambiente de varejo viabilizando o
acompanhamento contínuo das taxas de atração e conversão, entre outros
indicadores.